REPRODUÇÃO/FACEBOOK/JOSÉ NERY DA COSTA |
Foi no sábado (3), primeiro dia oficial do carnaval de rua de São Paulo, que os principais problemas apareceram. Estações fechadas e usuários nos trilhos na Linha 4-Amarela, que é controlada pelo consórcio privado ViaQuatro, pertencente à CCR. “Eles operam a linha há oito anos. Estamos aqui para denunciar essa postura do verdadeiro partido da imprensa golpista (PIG) que temos no país. Se comportam como verdadeiros partidos”, disse Fajardo.
“Nossa interpretação é que a grande mídia está completamente comprometida com a lógica da privatização e com a lógica de que o público é ruim e o privado é bom. Sabemos que isso é o contrário, portanto, entendemos que essa postura existe por problemas ideológicos e políticos. São extremamente tendenciosos”, continuou Fajardo, que entende a postura, mas que “ser favorável às privatizações não os autoriza a mentir e não os autoriza a divulgar inverdades sobre a empresa pública”.
Os fatos
A ViaQuatro informa que o fechamento momentâneo de estações foi necessário para o controle do fluxo dos passageiros. O sindicato culpa a lógica da privatização da linha pelo sufoco dos passageiros. “A Linha 4 não tem funcionários suficientes para atender emergências. O sistema não foi preparado para receber o número de foliões”, disse. “Então, eles simplesmente fecharam seus portões. Deixaram de prestar o serviço, incluindo as estações de transferência”, completou Fajardo.
Para o operador de trem Alex Santana, que trabalha na Linha 3-Vermelha, a ausência de funcionários para aumentar os lucros da empresa privada foi fator fundamental no problema. “O fato de acionarem o botão de emergência acontece também na Linha 3, que é a com o maior número de usuários. Mas temos funcionários de estação, seguranças e operadores de trem, não só nas cabines, mas nas plataformas, para atuarem nas falhas”, disse.
“Em uma situação como essa, um ou mais funcionários normalizam a situação e atendem os usuários. Mesmo com falhas mais graves, adotamos estratégias para manter o serviço. Na Linha 4, eles fecham as estações e deixam os usuários de lado. Conversamos com funcionários de lá e fomos informados que, por vezes, um só segurança fica até seis horas em pé no mesmo trem, para ver o tamanho da precarização que traz a linha privatizada”, completou.
Fajardo reiterou a fala de Santana e argumentou sobre a diferença na lógica funcional entre público e privado. Um procura atender o usuário, o outro tenta obter o maior lucro possível. “O compromisso deles não é com a população. Eles fecham as portas sem nenhum prejuízo. No contrato deles existe o mínimo de usuários para transportar. Tem uma margem ampla que eles podem deixar de atender, porque mesmo fechando as portas, eles continuam recebendo”, disse.
Problemas futuros
Fajardo teme que o problema volte a se repetir na Linha 4 durante os dias de carnaval, na próxima semana. Além disso, o medo atinge o cotidiano. A empresa responsável pela Linha 4, a CCR, fechou contrato no último dia 19 de concessão da Linha 5 – Lilás, que está em expansão e pode se tornar tão grande em volume de passageiros quanto a Linha 3-Vermelha.
“Com a licitação feita de forma tendenciosa, com cartas marcadas, temos certeza que essa mesma regra vai funcionar para a Linha 5, uma linha estratégica”, disse em referência à gestão de Geraldo Alckmin (PSDB), no governo do estado. “Na Linha 5, o que o metrô gastou no sistema de sinalização para entregar para o setor privado, é um sistema que vai permitir que o metro da Linha 5 funcione também sem o operador de trem. É uma situação grave. Eles, para economizarem, vão colocar novamente a população em risco.”
As informações são da Rede Brasil Atual
0 Comentario "ViaQuatro - Pré-carnaval mostrou que Linha Amarela não encara imprevistos em SP"
Postar um comentário