Metrô e CPTM têm um caso de assédio sexual a cada dois dias, diz levantamento.

Foram 156 casos de janeiro ao final de setembro. Estação Sé é a que teve maior número de casos, com 25 ocorrências. Maioria acontece no período da manhã.

Um levantamento obtido pelo SP1 via Lei de Acesso à Informação aponta que as estações do Metrô e da CPTM registraram denúncias de 156 casos de assédio sexual contra mulheres de janeiro a setembro, o que dá quase um caso a cada dois dias (considerando apenas os episódios denunciados pelas mulheres). A maioria aconteceu no horário da manhã.

A estação com o maior número de casos é a Sé, por onde passam por dia 600 mil pessoas. Só este ano foram 25 ocorrências de assédio registradas na Sé, fora e dentro dos vagões. Em seguida aparecem as estações Brás (13 casos), Palmeiras-Barra Funda (8), Pedro II (7) e Santo Amaro (7).

Arte abuso sexual no Metrô e CPTM (Foto: Editoria de Arte/G1)

"As pessoas aproveitam, né, vê que tá tudo aglomerado. Aproveita a situação e faz alguma maldade com as mulheres. Então acho que precisa de mais policiamento, mais guarda na região do metrô, no vagão. Acho que deveria ter pelo menos um em cada vagão", diz Juliana Souza, professora de zumba.

Como forma de inibir o assédio, o Metrô diz que tem colocado, além de guardas uniformizados, funcionários descaracterizados para vigiar os vagões e as plataformas.

Estação Sé tem maior número de registros de assédio (Foto: Rogério Cavalheiro/Futura Press/Estadão Conteúdo)

"Todos os empregados do Metrô são treinados pra fazer o acolhimento da vítima. Toda estação do Metrô tem empregado do sexo feminino que faz o acolhimento dessa vítima. E, na ocorrência, sempre colocamos um agente do sexo feminino pra fazer a condução", diz Rubens Menezes, chefe de segurança do Metrô. "A gente tem um alto índice de prisão. Basta que a vítima denuncie e aponte, e a gente tem condição de fazer."

Dos 156 casos, a grande maioria (135) foi registrada como "importunação ofensiva ao pudor" (artigo 61 da Lei de Contravenções Penais), que tem como pena prevista apenas o pagamento de multa. Outras 14 aparecem como ato obceno (artigo 233), que prevê pena de detenção de três meses a um ano ou multa. Apenas quatro casos foram registrados como estupro (artigo 213), que prevê prisão de três a oito anos ou, no caso de a vítima ser menor de 14 anos, de seis a dez anos de reclusão.

Metrô e CPTM registraram 156 casos de assédio sexual (Foto: TV Globo/Reprodução)


Assédio no ônibus

Nesta terça-feira (10), um homem foi preso em flagrante acusado de assediar sexualmente uma mulher dentro de um ônibus em Santa Cecília, na região central de São Paulo. A vítima, de 22 anos, o agressor e o motorista, que parou em uma base da Polícia Militar para relatar o caso, foram prestar depoimento no 77º Distrito Policial. A mulher acusa o homem de passar a mão em suas pernas e seios.

As informações são do G1

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