Enquanto passageiros da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), empresa do governo Geraldo Alckmin (PSDB), enfrentam superlotação, atrasos e falhas constantes, a 109 km de São Paulo, vagões novos, pintados com o símbolo da companhia, tomam sol e chuva em pátios.
São cerca de 80 vagões (o equivalente a dez trens inteiros).
Eles estão espalhados pelo terreno e galpão da espanhola CAF, a fabricante, na cidade de Hortolândia.
A coreana Hyundai também é fornecedora dos trens.
O contrato com as duas empresas, de quase R$ 2 bilhões, foi assinado há quatro anos.
Mas, de um lote de 65 trens, apenas 18 estão em uso.
Todos eles deveriam já estar rodando desde 2016 nas linhas 7-rubi (que liga a capital a Jundiaí e transporta 450 mil passageiros por dia) e 11-coral (que corta a zona leste e segue até Mogi das Cruzes, com um total de 724 mil passageiros diários).
Resposta
O governo Geraldo Alckmin (PSDB) diz que a demora pela entrega dos trens se deve às fornecedoras do contrato.
Já a CAF não se manifestou sobre o caso e a Hyundai diz que está trabalhando para entregar os trens.
Para o governo, que prometeu os trens para 2016, as duas empresas contratadas encontraram dificuldades.
"A CAF, infelizmente, tinha como prazo colocar o primeiro trem em operação em três meses, mas ela demorou 13 meses. A Hyundai é um problema maior ainda, pois ela se associou à Iesa, que quebrou", disse Clodoaldo Pelissioni, secretário dos Transportes Metropolitanos.
Segundo ele, os testes nos trilhos são importantes para identificar falhas não verificáveis pela CPTM na fábrica.
A Hyundai diz acreditar que se a estrutura para testes fosse ampliada, seria possível a liberação de mais trens.
A empresa diz ainda ter investido sozinha R$ 100 milhões na fábrica no Brasil.
As informações são do Agora
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