Foto: Metro Jornal |
A assinatura do contrato para a construção da linha 18-Bronze do Metrô, que promete ligar o ABC à capital por monotrilho, completa hoje três anos sem ter sequer previsão para início das obras. A promessa do governador Geraldo Alckmin (PSDB) era de que as intervenções seriam iniciadas ainda no mesmo ano e concluídas em 2018, mas nada disso aconteceu.
O empreendimento de mobilidade urbana é orçado em R$ 4,2 bilhões, sendo R$ 3,8 bilhões em investimentos do Estado, governo federal e iniciativa privada. Os outros R$ 406 milhões são referentes às desapropriações que serão executadas pelo governo estadual, verba esta que tem travado o avanço do projeto.
O empreendimento de mobilidade urbana é orçado em R$ 4,2 bilhões, sendo R$ 3,8 bilhões em investimentos do Estado, governo federal e iniciativa privada. Os outros R$ 406 milhões são referentes às desapropriações que serão executadas pelo governo estadual, verba esta que tem travado o avanço do projeto.
O
recurso para remoção das famílias que vivem em áreas previstas no traçado viria
por meio de financiamento, mas São Paulo não consegue aval para obter a verba
desde a assinatura do contrato para obras, há três anos.
A Cofiex (Comissão de Financiamento Externo), vinculada ao
Ministério do Planejamento, diz que o governo Alckmin não possui capacidade de
pagamento que permita a obtenção de garantia da União para tal operação de
crédito.
A STM (Secretaria de Transportes Metropolitanos) do Estado alega
atualmente que é preciso que a STN (Secretaria do Tesouro Nacional) corrija a
classificação do Estado para financiamento público.
O
Tesouro Nacional publicou, na última quinta-feira, a primeira versão do Boletim
de Finanças dos Entes Subnacionais referente às contas de 2016. Nele, São Paulo
aparece com nota C-, igual a do ano passado e insuficiente para obtenção do
crédito.
A
gestão Alckmin se defende com a justificativa de que o Estado tem nota BB pela
agência de risco Standard & Poor’s – mesma nota que o país – e BB+ pela
“stand-alone credit profile” – acima da União. “O órgão federal deve divulgar
em breve um novo boletim com base em nova metodologia de avaliação, o que deve
elevar a nota de São Paulo”, alega a STM.
O
Tesouro Nacional diz que promoveu uma consulta
pública para discutir novos métodos de avaliação da
capacidade de pagamento. Segundo a entidade federal, a previsão é que a versão
final do boletim seja divulgada até o fim deste ano, já com as notas baseadas
nessa nova metodologia, mas não garante melhor avaliação do Estado.
Depois de viabilizar o recurso, o governo estadual diz
que a concessionária VemABC, que venceu a licitação, terá até um ano para
conclusão dos projetos executivos de engenharia e até três anos para executar
as obras. Com isso, se o imbróglio sobre o financiamento for resolvido até o
fim deste ano, o metrô no ABC só deve ser entregue à população em 2021, sete
anos depois da previsão inicial – isso se não houver
mais nenhum empecilho.As informações são do Metro Jornal
0 Comentario "Contrato para construção da Linha 18-Bronze do monotrilho no ABC completa três anos sem obras"
Postar um comentário