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Foto: Metro Jornal |
Caminho para casa do analista de suporte João Paulo Soares, 26 anos, a avenida Washington Luís, na zona sul, tem reservado desagradáveis surpresas. Foi nesta via que ele se viu obrigado – e por duas vezes, só no mês passado –, a descer do ônibus porque o veículo havia quebrado.
Casos assim acontecem todos os dias na capital paulista por 275 vezes, em média. Esse é o número de viagens interrompidas diariamente por conta de falhas ou quebras dos ônibus.
Os dados são da SPTrans, órgão da prefeitura que gerencia o sistema, e foram obtidos pelo Metro Jornal via lei de acesso à informação.
Apesar da queda de 9% em relação ao ano passado, para o professor de engenharia de tráfego e gestão da manutenção da Universidade Presbiteriana Mackenzie Campinas Luiz Vicente Figueira de Mello Filho, o índice ainda “é extremamente alto”.
“E afeta a todos, pois nos horários de pico, um ônibus parado por 30 minutos pode gerar congestionamento de cinco quilômetros.”
Para o professor, além de fatores externos, as quebras revelam falhas na manutenção (a cargo das viações) ou na fiscalização (pela prefeitura).
De acordo com Mello Filho, o ideal é a manutenção preventiva, que avalia as peças mais desgastadas e indica troca ou conserto antes que quebrem. “Mas isso é mais caro para as empresas. A manutenção corretiva, de só resolver depois que o problema acontece, sai mais em conta.
A SPTrans afirmou que os ônibus quebrados devem ser trocados imediatamente pelas empresas por outros da reserva técnica, para não prejudicar os passageiros da linha.
O número de vistorias nos coletivos – agendadas ou sem aviso prévio – aumentou 8,7% neste ano. Os veículos com falhas são lacrados e só voltam a circular depois que o problema é corrigido. As empresas são punidas. Para a SPTrans, a queda no número de falhas mostra que a intensificação da fiscalização “já começa a apresentar resultados”.
O SPUrbanuss, sindicato das empresas concessionárias, afirmou que a manutenção tem sido aprimorada, que o asfalto irregular e o vandalismo “são os maiores causadores das falhas” e as 275 ocorrências diárias representam só 2% da frota. O sindicato das empresas permissionárias não foi localizado.
As informações são do Metro Jornal
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