Governo de SP quer liberar 'saldo de empréstimo' para instalar portas de proteção em plataformas do Metrô

Projeto enviado à Alesp afirma haver saldo remanescente de US$ 111 milhões de financiamento que seria utilizado na Linha 5-Lilás. Segundo Metrô, portas são para linhas 1-Azul e 3-Vermelha.

Portas de proteção na Estação Paulista da Linha 4-Amarela do Metrô de São Paulo (Foto: Daigo Oliva/Arquivo G1)
O governo de São Paulo negocia com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) a liberação de um "saldo remanescente de um empréstimo" da Linha 5-Lilás para instalar portas de proteção entre a plataforma e os trilhos de suas estações – como no modelo existente em estações da Linha 4-Amarela.

Esse tipo de porta pode evitar acidentes como o caso da mulher que, em janeiro deste ano, foi empurrada para o trilho na estação Conceição, da Linha 1-Azul. A mulher ficou machucada no braço e sobreviveu.

A proposta do governo de São Paulo faz parte de projeto de lei, publicado no último sábado (24) no Diário Oficial, que a gestão de Geraldo Alckmin encaminhou à Assembleia Legislativa (Alesp).

No texto, a administração estadual afirma ter US$ 111 milhões restantes, o equivalente a R$ 360 milhões, de um financiamento que seria utilizado na Linha 5-Lilás. 
“Face ao saldo existente de US$ 111 milhões do contrato de financiamento da Linha - 5 Lilás do Metrô, Trecho Treze - Chácara Klabin, assinado com Banco Interamericano de Desenvolvimento - BID em setembro/2010 no valor de US$ 480,958 milhões, faz-se necessário a alteração da referida Lei para permitir que o Metrô possa utilizar o saldo existente do contrato da Linha 5 na Implantação de Portas de Plataforma nas Linhas Metroviárias”, diz a publicação no Diário Oficial. 

Portas nas linhas 1-Azul e 3-Vermelha

Procurado, o Metrô informou que o projeto encaminhado à Alesp servirá para a "aquisição de portas de plataforma para estações das Linhas 1-Azul e 3-Vermelha do Metrô". "É necessária a aprovação do projeto de lei por parte da Assembleia Legislativa e São Paulo para que as negociações com o BID prossigam", informou o Metrô em nota.

Tanto o Metrô quanto o governo não deram detalhes do projeto – quais e quantas seriam as estações contempladas, em qual ordem e os custos estimados.

Mulher empurrada

A medida tinha sido anunciada no início de janeiro pelo presidente do Metrô, Paulo Menezes Figueiredo, após uma mulher ser empurrada da estação Conceição, da Linha 1-Azul, na Zona Sul de São Paulo.

Após o acidente, Figueiredo disse que a estatal tinha um plano de instalação de portas de proteção entre a plataforma e os trilhos de suas estações.

Ainda segundo o presidente, o Metrô estava em negociação com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para a compra de portas de plataformas, "para serem instaladas justamente nas estações da Linha 1 [Azul, onde ocorreu o incidente] e da Linha 3 [Vermelha]".

Na ocasião, ele chegou a afirmar que a data de instalação seria divulgada ainda naquele mês – o que até agora não ocorreu.

As informações são do G1

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